quarta-feira, maio 25, 2005

É... O Vento passou



É... O Vento passou...
soprou e eu não lhe dei ouvidos, e fez-me bem não me ouvir por dentro, ignorei-me e sinto-me melhor por isso.
"Brisas raras" ou menos raras que me atordoam a vida e me fazem numa linha direita andar em zigue-zague.
Hoje um desconhecido perguntou-me quem eu era, que pergunta parva pensei, mas a verdade é que a resposta é tão dificil de mostrar a quem queira ver.
Defino-me como realista, mas isto é tao pouco, sei que pertenço a uma epoca que não é esta e que nao me deixo reger pelos novos costumes, tenho uma mente forte e um coração fraco, demasiado fraco para ser meu, sou demasiado sentimentalista e hajo sempre rápido demais, entrando em aparente contradiçao por pensar em tudo dez vezes antes, mas a noite é sempre longa e dá-nos tempo para alucinar a vida ao máximo.
Sou calmo, o mais calmo de todos, mas só por fora, que por dentro corre sempre uma euforia de pensamentos variados, e o Sol? O Sol que se vá embora de vez que eu amo a chuva, o Sol faz-me mal, não condiz, só apaga o conforto de um corpo quente por baixo de lençois lisos e suaves. O Sol faz-me mal... Chamam-me Vampiro, mas eu não faço mal às criancinhas na noite, mas amo-a por tudo, é bom ficar a ver a Lua enquanto estamos com a vida de pernas para o ar.
O riso, o riso é sempre irónico, e a vontade de conhecer é sempre muita, todos os pontos para saber juntar tudo e recolher o melhor, o achar, o achar é quase sempre o oco, que o oco tras aos outros o ser feliz.
Quem sou eu?
e tu?
Quem és tu?
Nem sempre na vida há tempo para as duas questões...
É... O Vento passou...

terça-feira, maio 24, 2005

Razão vs Coração

Parabens que não te foram dados.
Porque não mereces ouvir nada da minha boca sem ser em forma de adeus, porque julguei-me ser mais forte que eu mas num escape de razão reparei que não o suportaria, agradeço a ombros de apoio e a cordas que prendem o balão ao chão.
Mas tenho tanta vontade de me perder mais uma vez,
só mais uma vez...
O jeito de expressão hoje é tosco, ou ainda mais tosco que o habitual, mas deve-se a um total conflito de hardware, razão vs coração.
Que haverá pra dizer? Que penso em ti todos os dias a cada momento? Que penso em tudo o que passamos? Que penso no nós juntos? no teu calor, nos teus braços, no ver-te dormir, na profundidade dos teus olhos, no teu sorriso, no teu ar de má propositado, no teu cheiro, nas tuas lagrimas de dôr mutua, penso em ti, abraçar-te, abraçar-te, abraçar-te...
Quero tanto abraçar-te e apagar todo o tempo que vivo da tua ausencia fisica, tocar-te mais uma vez e ouvir mais uma vez o cuspir do amor, abraçar-te mais uma vez, só mais uma vez.
Que haverá mais para dizer? Que penso em ti todos os dias a cada momento? Que penso em tudo o que passamos? Que penso no nós juntos... na tua frieza e no nao querer saber do que está mal, no teu dormir descansada enquanto o mundo me desabou, na profundidade dos teus olhos e agora pensar que eram mentira, no teu sorriso sinico, no teu ar de boa propositado, no teu cheiro de caça, nas tuas lagrimas mais minhas que tuas, pelo que perdi, pela submissão em tudo, pelo deixar uma nova esperança levar-me, penso em ti, largar-te largar-te, largar-te...
Quero tanto largar-te e apagar todo o tempo que vivo da tua ausencia, largar-te mais uma vez, só mais uma vez.
Uma vez de vez
Cortaram os trigos. Agora
a minha solidão vê-se melhor.



Sophia de Mello Breyner Andresen
in O Nome das Coisas

segunda-feira, maio 23, 2005

Vem buscar o teu filho que cai no oco de não ter, não sair.
Vem buscar que tentei, em desperdiçar a vida com outros mundos para sair do meu.
Que se torna evidente ser mais forte que eu, o meu próprio mundo, há um render para saber sobreviver a um carrasco como eu, porque estavas no teu caminho, que se cruzou no meu e que te levou pra longe.
Mas saberás as coisas que sei?
Saberás as coisas por onde passei?
Saberás o que não posso perder?
o q não posso escolher


- foste abandonado
- nao em mim
em mim prevalece a tudo

Dia sim, dia sim, sem pressas passados, sao muitos dias limados das imagens que não posso escolher ter
e se o Sol se recusa-se a brilhar
e a chuva recusa-se a cair
que fariam? se não podiam escolher

Segue-me à Luz

Podia ser podia ser meu
Podia estar podia estar no céu
Tinha de ser hoje deixar fugir
Para voltar só para voltar a ser

Podia dar tudo o que eu julgo ter
Isso era ver tudo no seu lugar
Mas uma razão no caos só o amor sabe ver
Dá-me a coragem mãe para não deixar de ser eu

Segue-me à luz na escuridão não

Ser tão perfeito é ser só uma metade
E ninguém imagina o que te passa no fundo
É estranho quando dou por mim no mundo bizarro
E mais ainda quando lá o mais bizarro do mundo sou eu

Segue-me à luz na escuridão não

terça-feira, maio 17, 2005

Que Nunca Foi

De tua dormencia

Não mexe nada
Não o sinto
mas sei que está lá
que às vezes ecoa
soa-me

Não te incomodo
Não o posso
às vezes soa
quando sopra sons
magoa-me

Não te toco
Não me canto
às vezes magoa
quando tocam tons
soa-me

Mas não estou acordado
Não me sinto acordado
preso a uma perpetua
ausencia

Não me rio
Não me recordo
às vezes tento
mas nesse momento
me desfaço

Não há espaço
Não há laço
às vezes lamento
ao sair de tua dormencia
o fracasso

Não há guelra
Não abraço
às vezes fracasso
quando o sino toca a hora
do lamento

Mas não estou acordado
Não me sinto acordado
preso a uma perpetua
ausencia

Acordar

Se me sussurares no ouvido o que queres ouvir
eu dar-te-ei tudo de uma
só uma vez,
a qualquer lado
Quando voltares ensinar-te-ei de novo a amar,
e aprenderás novamente a respirar o dia a dia
a pisar o chão de uma linha de duas pontas soltas
que se tocam
Se eu esperasse por te ver chegar
a qualquer lado

quarta-feira, maio 11, 2005

Vrummm

5° a fundo
Não, Não sexta não tem
Atençao a todos os utendes da via e arredores, é favor não sair de casa nos proximos hummm seculos, depois não digam que eu não avisei
pi piiiiiiiii
Argh não digo nada de jeito

sábado, maio 07, 2005

Sarcasmo

Assim sem mais nada

MÁSCARAS DE NADA
Serve-te
Usa, abusa e chora por mais que sabes que te dou, nem precisas de pedir com muita força, que sabes que dou. Agora retribui, se possivel na mesma moeda, com verdade que é só o que quero, que de gente falsa está o meu circulo cheio e por ele estou farto de rodar, precisa-se de uma golfada de ar quente, um toque de ternura duma carne tenra e facil de levar.
Que cheiro a sexo que trazes hoje contigo, com quem estiveste?
Creio que com ninguem, tu,
pelo menos tu sei que com ninguem.
Que me dizes deste sabor a oco?
Creio que nada, tu, pelo sempre nada.
Já se havia tornado um costume ver-te outra, ou não te ver, salvo seja cego.Uma moedinha, que sou pai de familia tua, ou talvez me engane.
E Depois era isto e nada mais
Um fruto proibido com uma bela casca que se trinca no engano, que nos abre a porta e rouba a sombra levando-a consigo, que nos parte a chave num suave e terno toque, que nos leva a esperança de nos encontrar-mos, e nos rouba com distancia o prazer de uma vida, que nos faz ver mil e uma coisas menos boas em troca de um sorriso sinico sem pressas, sem pressas, sem pressas só não na partida, despe e siga, espera-te uma vida por afundar...
Tu e as tuas mascaras que nunca me deixaram conhecer-te, tu e as tuas mascaras de nada.
Contigo nada aprendi, só que não se pode evocar o amor,
assim sem mais nada

terça-feira, maio 03, 2005