domingo, outubro 30, 2005

Vozes

Há vozes que trago comigo,
Há vozes que não fazem sentido
Há vozes que falam baixinho
E outras que gritam comigo

Há vozes dementes na cabeceira
Há vozes com que me deito
Há vozes presas no umbigo
e outras que apertam no colarinho

Há vozes na minha cabeça
Há vozes que não fazem sentido
Há vozes que dizem tanta tanta coisa
e outras que desligo

Há vozes que trago comigo

So Fine

How could she look so fine
How could it be she might be mine
How could she be so cool
I've been taken for a fool so many times
It's a story of a man
Who works as hard as he can
Just to be a man who stands on his own
But the book always burns
As the story takes it turn
An leaves a broken man
How could she be so cool
How could she be so fine
I owe a favor to a friend
My friends they always come through for me
Yeah
It's a story of a man
Who works as hard as he can
Just to be a man who stands on his own
But the book always burns
As the story takes it turn
An leaves a broken man
If you could only live my life
You could see the difference you make to me
To me
I'd look right up at night
And all I'd see was darkness
Now I see the stars alright
I wanna reach right up and grab one for you
When the lights went down in your house
Yeah that made me happy
The sweat I make for you
Yeah...I think you know where that comes from
Well I'd look right up at night
And all I'd see was darkness
Now I see the stars alright
I wanna reach right up and grab one for you
When the lights went down in your house
Yeah that made me happy
The sweat I make for you
I think you know where that comes from
How could she look so good(So good)
How could she be so fine
How could she be so cool
How could it be she might be mine



Guns N' Roses - So Fine

quinta-feira, outubro 27, 2005

Ouvir

Ouve...
Como simples cair da chuva tão actual, o cair das horas como tempo
e vê...
Como o nascer e pôr do Sol, todos os pequenos pormenores
Ouve...
Como o simples cair do vaso sobre o chão, alguem chora sobre a janela
e se perde como o nascer e pôr do Sol,
por pequenos pormenores.
Fala...

domingo, outubro 23, 2005

Ice Cube

Ice cube
roll as dice from me
just as fast as it can be
in a wheel of gravity

domingo, outubro 16, 2005

O Outro Lado





O outro lado
De tempos em tempos surge um atrelado de um outro lado incoerente e mal tratado. Pela preguissa se mede todo o transtorno, hoje fui eu que fiz a cama para te deitares a meu lado, estou incapaz de tomar conta do recado, sou alterofilista cerebral de neurose psicocoital, um velho Ás na material pronto a destronar, para meu bem, para meu mal, para outro lado sou igual.
Palerma pessimista, eu não sou normal, assim como qualquer normal o diria como que um auto-elogio, não há igual, nem tal forma paranormal.
Segue, segue e sobrio pisa o papel, escreve, escreve que há quem desfolhe o jornal, lado a lado num infinito espaço reservado, onde se medem forças de ocupação, desde que partes e deixas a terra despovoada parto contigo, desde que surge um adeus até ao olá seguinte o mundo desliga, como que numa garrafa fechada que abres numa porta a partida e todo o conteudo se escapa.
Como se aprende? como se prende? mas como...
Tento descansar, mas não me deixo, as vozes na minha cabeça, quem me leva à parede e toca todos os sons do mundo só para me tocar? quem me seca o tempo e me faz despertar? o que nos escapa a cada um de nós, que está num outro lado impossivel de chegar?

domingo, outubro 09, 2005

Esfera

Eu vim de outra esfera
Tão só como escura
Eu dei-me ao teu dia
Na espera de uma luz




Ornatos Violeta - Esfera
Chuva


Embora lave o medo que há do fim
A chuva apaga o fogo que há em mim
Oiço a voz de quem me quer tão bem
E fico a ver se a chuva a ouvirá também





Ornatos Violeta - Chuva

sexta-feira, outubro 07, 2005

O que é dito jamais é em vão...

Nos ultimos dias...do passado veio muito por falar.
Eu só quero que saibas que estou aqui nas horas dos mimos e nas de dôr, porque sei que partilhas mais o bom e escondeso mau para ti, e é-me tão dificil dizer adeus a algo que sei que não está no fim.
Até à exaustão por querer saber da totalidade e dos pensamentos que não se contam a ninguem, que não se contam por fazerem doer, por fazerem sofrer a qualquer um de nós. Interessam pouco guardados e fingidos com um sorriso irreal, quero ser presente em tudo o que houver para ser, e responder a qualquer questão, saber o rumo dos devaneios e a origem do caos, soltar tudo o que houver preso e dar-te o braço sempre que te sentires só.
Assim como tudo em nós, o que é dito jamais é em vão...

domingo, outubro 02, 2005

Em Sintra

Três patos, um cisne, folhas secas, mais patos, muitas mais folhas secas, um lago, mais um lago, uma arvore, mais uma arvore, mais mil arvores, lagos e patos, folhas, folhas e tu, Sintra...
Sobre o barulho do pisar de muitas folhas secas e não mais que isso senão a perturbação sonora de mais uma folha a cair, com a paisagem de uma sem numero de verde de arvores que cobre toda sombra do chão e faz o Sol não penetrar, ao lado um lago e outros tantos lagos com patos e um cisne só, como que um retoque em toda a beleza, um cisne só.
Numa entrada um caminho interminável de escalada em pedras negras acentes com a mão humana e num rumo sem fim guiado pelos ramos que se erguem sobre nós, de muitas arvores que se cruzam e parecem fazer um tunel. Por vezes uns passos nossos, são as palavras a sair lá do fundo e a correr para fora deixando metade no caminho por dizer, mas são percebidas por inteiro.
Ao mesmo tempo que tudo na minha vida vê janelas e portas abertas e eu deixo de saber onde entrar, estás tu comigo em qualquer uma delas, e mal sabes o bem que me fazes, como ando aos pulos pela vida na segurança de não cair senão nos teus braços, que sorrisos parvos estes que me acompanham diariamente, estas sempre presente e sempre presente pela positiva, não sei que palavras podem cobrir isto, com que sentimentos expressar isto e que acções o fazem sair, mas está vivo, estou vivo, cada vez mais vivo, e só sei querer cada vez mais viver.