domingo, outubro 16, 2005

O Outro Lado





O outro lado
De tempos em tempos surge um atrelado de um outro lado incoerente e mal tratado. Pela preguissa se mede todo o transtorno, hoje fui eu que fiz a cama para te deitares a meu lado, estou incapaz de tomar conta do recado, sou alterofilista cerebral de neurose psicocoital, um velho Ás na material pronto a destronar, para meu bem, para meu mal, para outro lado sou igual.
Palerma pessimista, eu não sou normal, assim como qualquer normal o diria como que um auto-elogio, não há igual, nem tal forma paranormal.
Segue, segue e sobrio pisa o papel, escreve, escreve que há quem desfolhe o jornal, lado a lado num infinito espaço reservado, onde se medem forças de ocupação, desde que partes e deixas a terra despovoada parto contigo, desde que surge um adeus até ao olá seguinte o mundo desliga, como que numa garrafa fechada que abres numa porta a partida e todo o conteudo se escapa.
Como se aprende? como se prende? mas como...
Tento descansar, mas não me deixo, as vozes na minha cabeça, quem me leva à parede e toca todos os sons do mundo só para me tocar? quem me seca o tempo e me faz despertar? o que nos escapa a cada um de nós, que está num outro lado impossivel de chegar?

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