sábado, maio 07, 2005

Assim sem mais nada

MÁSCARAS DE NADA
Serve-te
Usa, abusa e chora por mais que sabes que te dou, nem precisas de pedir com muita força, que sabes que dou. Agora retribui, se possivel na mesma moeda, com verdade que é só o que quero, que de gente falsa está o meu circulo cheio e por ele estou farto de rodar, precisa-se de uma golfada de ar quente, um toque de ternura duma carne tenra e facil de levar.
Que cheiro a sexo que trazes hoje contigo, com quem estiveste?
Creio que com ninguem, tu,
pelo menos tu sei que com ninguem.
Que me dizes deste sabor a oco?
Creio que nada, tu, pelo sempre nada.
Já se havia tornado um costume ver-te outra, ou não te ver, salvo seja cego.Uma moedinha, que sou pai de familia tua, ou talvez me engane.
E Depois era isto e nada mais
Um fruto proibido com uma bela casca que se trinca no engano, que nos abre a porta e rouba a sombra levando-a consigo, que nos parte a chave num suave e terno toque, que nos leva a esperança de nos encontrar-mos, e nos rouba com distancia o prazer de uma vida, que nos faz ver mil e uma coisas menos boas em troca de um sorriso sinico sem pressas, sem pressas, sem pressas só não na partida, despe e siga, espera-te uma vida por afundar...
Tu e as tuas mascaras que nunca me deixaram conhecer-te, tu e as tuas mascaras de nada.
Contigo nada aprendi, só que não se pode evocar o amor,
assim sem mais nada

1 comentário:

Maria disse...

Este está forte. Deve doer a quem se dirije. Aos demais também deve bater fundo. Bem escrito. Forte *