terça-feira, maio 17, 2005

De tua dormencia

Não mexe nada
Não o sinto
mas sei que está lá
que às vezes ecoa
soa-me

Não te incomodo
Não o posso
às vezes soa
quando sopra sons
magoa-me

Não te toco
Não me canto
às vezes magoa
quando tocam tons
soa-me

Mas não estou acordado
Não me sinto acordado
preso a uma perpetua
ausencia

Não me rio
Não me recordo
às vezes tento
mas nesse momento
me desfaço

Não há espaço
Não há laço
às vezes lamento
ao sair de tua dormencia
o fracasso

Não há guelra
Não abraço
às vezes fracasso
quando o sino toca a hora
do lamento

Mas não estou acordado
Não me sinto acordado
preso a uma perpetua
ausencia

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