sábado, setembro 17, 2005

Remar para a Lua

Por um minuto lá deixei-me perder.
Tentei por auto-opressão, sugar-me todo até ao tutano, mas foge foge, sempre foge, implusão continua até o encher de toda a materia, que da constante pressão se faz escapar por si, em si, para si. Tentaria congelar antes, mas congelar em que parte? e depois ressurgir como? Não me prendas se me achas um mero louco incapacitado de auto-controle, deixa fluir toda a minha destreza perdida por aí num mólho solto.
Por um minuto lá deixei-me...
Sem surpresas não sei não ser eu.
Que cada mostro surge ao virar de cada onda como cada Adamastor por passar, e com cada um ergo os braços num sem numero de vezes, num sem numero de ondas, sempre para te trazer comigo contra todas as marés, mas seria bem mais facil o poder navegar por águas mansas sem Leviatãs que surgem e me trazem o fundo mar à vista, assim não teria de ter mais um minuto lá perdido.
Sem surpresas não sei não ser quem sou.

2 comentários:

Anónimo disse...

Se eu remasse para a lua, não procuraria sem surpresas não saber não ser eu.

Mas, como eu nem sei nada e pouco foi o que percebi deste texto, só te posso dizer: boa viagem! :)

Hugo

Anónimo disse...

Anhei...
Anhei assim como se anha por vezes quando no chão um pistachio verde rebola e grita por misericórdia enquanto uma língua roça num dente sujo e pensa "OH! Ma que coija mai lindá"

And in the words of the great F. Scott Fitz, the Gerald:
"I drink the juice while doing the monkey dance."