domingo, agosto 28, 2005

Como Facas

À dentada, todas de uma vez para que me corte as entranhas de uma só multipla vez, é tão doce assim o sangue a escorrer por de nada se tratar, tão doce o esvaiar e o escorrer, assemelha-se a lágrimas mas noutro tom, mais vivo e mais escuro, sempre mais escuro com o fechar dos olhos no entardecer da vida.
Como facas e golpes... dados por todos os lados, venham elas e eles e os demais para que se faça toda a festa de uma vez, que eles rodam num jogo de azar fortuno, de uma vez por uma chance, desperdiçada, venha o carteiro de mãos vazias e de peito feito entregar-me o tédio.
Agora vêm cortar o que é só teu, agarra, protege e afasta, grita-lhes...
Num ápice tendo a ser novo eu, outras paragens, outros pensares e uma nova vida, menos facil, menos parada, e talvez mais gasta, certamente muito mais bruta do que a que morreu

2 comentários:

Cátia disse...

Gostei imenso deste texto, tal como de város k escrevest.Gosto do modo como transmites os teus pensamentos... ;)

bj.

Joanne disse...

Passei aqui para retribuir o comentario, e também para dizer que gostei imenso do que vi.
Adoro este post, e a maneira como ele nos faz sentir a dor, e o alivio, o movimento dos actos.
Gostei muito.