quinta-feira, julho 07, 2005

A Porta




De porta aberta como eu não pensava, em 7 segundos 7 anos foram de mera remeniscência de uma outra vida que não esta, de um caminho tomado por outrem que veio parar em mim, no agora, onde em meros segundos nasce a felicidade e cresce com o passar do tempo que em tantos anos optara por rumos dispersos. Recordar, não será mais que um inesquecivel, pela negativa, somente pela negativa nunca se esquece, que se havia tornado de criança onde o puro era sonho, para depois ser pesadelo em adolescente, em 7 segundos à 7anos só, por uma porta de entrada sem saida, de um querer sem razão, de uma luta em vão, de um longo mergulhar na depressão que nunca fizeram alguem perceber o porque desta escuridão.
7 anos não são uma vida, mas são donos de uma maneira de viver que agora reencontra o seu ponto de partida, deixando a porta aberta, mas desta vez sem confusão.
A frase certa seria " ainda me trocas os passos quando te vejo passar ", mas não mais que isso, nada mais há para te retirar, para recear, vou apenas fazer disto um modo de terminar esta transformação. Que a vida reservou-me um canto num colo meigo, de um fugaz e puro amor onde a quero abraçar.
Quanto à porta, deixo-a aberta para que desta vez possas sair caso te lembres de querer entrar...
Foi tempo demais, e talvez fossemos crianças, foi tempo demais já não sendo criança, foi tempo demais para que saiba sequer o que te possa dizer. Talvez à 7anos soubesse querer um porque, falar de um motivo nunca percebido, talvez à 7anos a vida podesse ter dado outra vida, que não se tivesse tornado nesta alergia que me fez coçar ate sangrar, onde não sobrou carne ou osso ou alma, não sobrou nada mais para infectar na altura.
Agora rir de porta aberta as infecções, rir de mim e de ti, de 7 anos passados sem que um "olá" marcasse um passar, rir de outras caras ao ver a tua, acima de tudo rir, que chorar não valeu a pena.
Bem vinda à porta.

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