sábado, julho 09, 2005

Complexo

Centrifugadora de cubos de gelo que espelham ideias minhas, cubos ja meio derretidos que por força da lógica se misturam e se tornam água a altas temperaturas, que amorna
que amorda.
Em cada gota um mil e um gestos e olhares semi-secretos,
semi-olhados
um mil e um
desgostos vividos e marcados que se misturam numa balburdia de denso,
perco o senso
e os sentidos na turbilhão
que vai onda
onda vem
vai onda
onda vem
vai onda
onda vai
pelo mar dentro se misturar com outras
AMO-TE
cada vez mais e mais e mais e mais
cada vez mais
bate na proa
bate e voa
bate no cais
no paradão
e fura
passa mar e invade qualquer terra
insegura
numa relação de elementos basicos
em caos
em caos equilibrado
guardado num saco roto
de tantas vezes
não usado
num perpetuo movimento do bater
do coração
da cabeça no chão
num mundo onde se habita
por amor
ao complexo

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