sábado, fevereiro 15, 2014

Odiar, Inspirar, Amar Expirar, Parar

Odiar, Inspirar,
Odiar, Expirar,
Odiar, Parar
Jamais ser o que não sou, o vislumbre transfere-se em dose contidas, até totalmente estar evaporado,
Posse, é muito mais do que uma palavra, um desaforo, distorce o belo e reproduz a ausência.
Podia dormir por dias consecutivos, perguntar-me por mim no acordar e desejar-me ausente em todas as alturas. Apagar os erros, esquecer o que já sei, esquecer porque o sou, esquecer porque assim me fiz ser, porque assim me sei ser.
Amar, Inspirar
Amar, Expirar
Amar, Parar
Se o amor é cego, comprar-lhe-ei por diversas vezes um guia.
Quando encontrar o porque para todas as perguntas, o saber de todas as razões, talvez me encontre.
Num outro caminho, de uma outra forma, que com todas as fazes de mudança, sempre tudo se torna o mesmo. As entrelinhas e as ondas crescem, o despistar e o bater, o mergulhar num copo de água, ou será de gin.
Inspirar
Expirar
Parar
Porque tudo o que conheço é certo que um dia morra comigo.
Sôfrego, incontido, desmedido, num auto-consciente perpetuamente melancólico.
Todas as palavras fazem correr um pequeno eco do que se grita aqui dentro, e poucas são as vozes que se deixam ouvir à já tanto tempo quanto o tempo a que as oiço.
Se algum dia deres por elas, volta a tapar tudo o que se queira escapar, o estranho e todos aqueles que lhe são conhecidos, em paralelo o medo que habita numa casa na montanha, e a inexistência de espaço, a soltura dos pensamentos acorrentados nas falésias, a forca e a pistola, o sexo e o caixão, o ego e o não ego. O aMOR e o desconfigurado ser que o carrega, meio ofuscado pelos fumos e pelas luzes de fora,  de tudo o que seja de uma forte luz pálida e a claridão da negritude que me ilumina. O saber não ser, outro, aquele que não eu. O desamor, e todas as mutilações por cada frase contida. o Wittgenstein, o Platão, o Descartes e o Nietzsche, todos juntos de mão dada com a penitencia. Os gritos, os surdos e os mudos, os meus.
Inspirar Odiar,
Expirar Amar,
PARAR

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