sexta-feira, março 23, 2007

Abismo

A vertigem é certa para quem dela sofre, por cada degrau acresce não só o medo como o tempo passa, o ar já rarefeito bloqueia a oxigenação do cérebro e nas veias o sangue pára quase em coágulo.
Os primeiros passos da saída do abismo foram rapidamente dados e agora no topo da racha observo o quão fundo me deixei ir. Oiço o eco ainda vindo de baixo...
Nada para se parar, e o receio dos futuros degraus, o descrer da aurora de todos os dias, e o impiedoso lembrar do passado, tão diferente.
O abismo é a casa dos fantasmas que o assombram, que o povoam e o comentam, que o fazem mais fundo no seu real fundo.
As ideias é que nunca mudam, o modo de pensar pouco quotidiano, o não evoluir com a evolução sem regredir. Não sou dependente de mais droga nenhuma senão a que me persegue, a aurora que a sustenta e a noite que a alimenta, a sombra não me larga...

2 comentários:

SA disse...

Lá fora, o sol brilha... Só tens é de abrir os olhos e deixar que ele entre... Nada mudou, nada vai mudar! Estamos aqui! EU estou aqui! Estarei sempre! Com ou sem inseguranças...

AMO-TE!

Pausa disse...

...forte...!
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