terça-feira, agosto 23, 2005

Das Cores da Lua



Hoje tinhas um tom raro enquanto nos espiavas ao longo da noite, estavas um pouco vermelha, talvez corada julgo, por veres tanto brilho nos nossos olhos, ou por ouvires aquelas palavras que também a mim acalmam.
A tua presença acalma-me e faz-me lembrar que está tudo bem, mesmo quando entras no meu quarto à noite e iluminas as insónias quando todos vão dormir, és sempre a minha companheira nessas alturas.
Tenho pena de em certos dias não te ver, saio à rua e procuro por ti por trás dos predios altos, nos becos, e mesmo em campo aberto. Mas não te encontro e fico logo a pensar com quem andarás tu nesse dia, depois volto e sinto-me só pela noite dentro.
Fazes-me sempre recordar um dia na praia em que estavas linda, cheia da tua palidez mórbida que tanto aprecio, vieste com as ondas do mar bater à costa e deixar o único som que nos presenceava, ficaste lá por horas a ver-nos no leito do unisono amor. De volta a casa vieste comigo no caminho e depois foste inspiração para escrita meio em forma de poema.
Também na ausência e na saudade estiveste sempre por lá a fazer-me lembrar os bons momentos, os sorrisos e tudo o resto que presenceaste.
Hoje estás mesmo ali e agora que me deito para o até amanha de ti me despeço e te volto a esperar amanha numa habitual palidez.

1 comentário:

Anónimo disse...

Noites de Lua Corada,
por tanto amor espreitar
no meio de gente enamorada...

Hugz

Hugo